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30 mai. 2017

Alfa Romeo e Abarth triunfam no Concurso de Elegância de Villa d'Este

• Alfa Romeo Giulietta Protótipo de 1957 conquista o título de Best of Show. • Abarth 1000 Record Pininfarina de 1960 ganha o Troféu ASI e a menção honrosa na categoria “shaped by speed”.

 

  • Alfa Romeo Giulietta Protótipo de 1957 conquista o título de Best of Show.
  • Abarth 1000 Record Pininfarina de 1960 ganha o Troféu ASI e a menção honrosa na categoria "shaped by speed".

 

Realizou-se no passado fim-de-semana o Concurso de Elegância de Villa d'Este, prestigiante evento que há anos coroa os melhores automóveis históricos do mundo, para além de premiar os protótipos mais fascinantes votados através de referendo público nos jardins da Villa. Na edição de 2017, participaram cerca de 50 viaturas de época construídas entre os anos Vinte e os anos Oitenta de 1900, divididas em diversas categorias.

 

A indiscutível vedeta do concurso foi sem dúvida o Alfa Romeo Giulietta Protótipo de 57, que conquistou o ambicionado título de Best of Show no Concurso de Elegância Villa d'Este atribuído por um júri de especialistas do sector. Não só. O soberbo modelo foi premiado também pelo público através de referendo popular.

 

Desenhado por Franco Scaglione, o Alfa Romeo Giulietta Protótipo de 57 foi submetido a um profundo trabalho de restauro. No ano do 60.º aniversário da sua construção, o espectacular Alfa Romeo Giulietta Protótipo de 57 - inspirado nos famosos Alfa Romeo B.A.T. ("Berlinetta Aerodinamica Tecnica", três protótipos construídos entre 1953 e 1955) - foi apresentado no Concurso de Elegância de Villa d'Este por Giovanna Scaglione, filha do inesquecível designer que criou, nomeadamente, o icónico Alfa Romeo 33 Stradale de 1967. Em 1959 o Giulietta Protótipo concretizou-se no modelo de série do Giulietta SS, de que foram produzidas cerca de 1350 unidades até 1962.

 

No Concurso de Elegância de Villa d'Este, o Abarth 1000 Record Pininfarina obteve também dois importantes reconhecimentos: o Troféu ASI para a melhor viatura do pós-guerra e a menção honrosa na categoria "shaped by speed". O modelo faz parte da tradição de recordes da Abarth, concretamente 133, que as viaturas do Escorpião conquistaram entre 1956 e 1966. Alguns com versões elaboradas a partir de automóveis de série, outros com autênticos protótipos. Entre estes, sobressai o Abarth 1000 Record Pininfarina, carroçador com quem a Abarth tinha iniciado uma profícua relação de colaboração em 1957 com a criação do protótipo monolugar de recorde Fiat Abarth 750; no ano seguinte, foi estudado um modelo para alojar o motor de dois cilindros de 500 cm3.

 

A versão mais potente foi construída em 1960 e era equipada com um motor de duas árvores de 982,218 cm3 (diâmetro x curso 65x74), relação de compressão 11:5, para uma potência de 108 cv DIN a 8000 rpm. Um motor novo que, tal como era tradição do construtor austríaco, foi primeiro provado no difícil teste dos recordes para seguidamente começar a ser produzido para os clientes.

 

A carroçaria é preparada especificamente por Pininfarina, que aproveita a experiência amadurecida com os protótipos precedentes para construir uma viatura capaz de suportar a maior potência do motor e, logo, velocidades mais elevadas.

 

A equipa de pilotos e de técnicos da Abarth estava já bem unida e, entre 28 de Setembro e 1 de Outubro de 1960, no circuito de velocidade de Monza, conquista 8 recordes: "12 horas", à média de 203,656 km/h, "2000 milhas", à média de 201,115 km/h, "24 horas", à média de 198,795 km/h, "5000 km", à média de 199,238 km/h, "5000 milhas", à média de 192,878 km/h, "48 horas", à média de 190,264 km/h, "10.000 km", à média de 191,376 km/h e"72 horas", à média de 186,687 km/h. Este último recorde é mundial e foi arrebatado a um modelo Ford que o tinha realizado num lado salgado dos Estados Unidos.

 

Um resultado prestigiante conquistado também graças à bravura e à dedicação dos pilotos que se foram revezando ao volante: Umberto Maglioli, Giancarlo Baghetti, Mario Poltronieri, Massimo Leto di Priolo, Giorgio Bassi, Giancarlo Castellina, Alfonso Thiele, Giancarlo Rigamonti e Corrado Manfredini.

 

O recorde poderia ter sido ainda mais impressionante, mas no terceiro dia, na 66.ª hora, desencadeia-se sobre o circuito um violento temporal. O automóvel é confiado a Maglioli, considerado o mais experiente do grupo: a recomendação da Abarth é de não forçar, pois o recorde estava já muito próximo. Maglioli viaja tranquilamente até que um grande charco o apanha de surpresa: o carro despista-se e bate contra o rail, parando no centro da pista, com o motor parado. Karl Abarth percebeu que nada estava perdido, dada a enorme vantagem conquistada até àquele momento. O regulamento prevê que o automóvel só pode ser tocado pelo piloto e Maglioli teve de empurrá-lo até à meta, assistido moralmente e de perto pelos técnicos, pelos mecânicos e pelos pilotos seus companheiros na aventura.
Conquistado o recorde, a viatura - cuja carroçaria nem sequer ficou demasiado danificada - foi recuperada para ser exposta no Salão de Turim de 1960, entre 3 e 13 de Novembro.

 

Uma vez reencontrado pelo proprietário, foi objecto de alguns melhoramentos durante o minucioso trabalho de certificação efectuado nas Officine Abarth Classiche, que puseram o automóvel nas condições de conservação originais, mesmo nos elementos mais escondidos.

 

Neste fim-de-semana os sucessos da Abarth não estiveram só em exposição, estiveram também em competição, com o Fiat Ritmo 75 Grupo 2 de Luca Delle Coste e Franca Regis Milano a impor-se na terceira prova da Coppa Abarth Classiche Michelin, o Rally Campagnolo. O próximo encontro é no Rally Lana Storico, programado para 25 de Junho.